Agradecimento

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Jádson

Camisa 10 ou 8?

Desde a saída de Danilo para o Japão em 2007, que o São Paulo ficou órfão de um camisa 10. O meia Souza, o volante Hernanes e o atacante Adriano foram alguns que vestiram esta camisa depois de Danilo, mas nenhum deles era um camisa 10 de verdade.
 
Dentro de campo era nítida a falta deste jogador clássico. O São Paulo teve que mudar seu estilo de jogo, para se adequar a falta desta peça importante. A torcida passou a cobrar este jogador, e a diretoria se sentiu pressionada a ir atrás deste nome nesta janela de verão.
 
Jogador caro e raro no mercado futebolístico. Tão difícil de encontrar, que a diretoria fez a torcida engolir goela abaixo um camisa 10. Jádson foi contratado pelo São Paulo por quatro milhões de euros, além de uma parte dos direitos econômicos do volante Wellington. No dia de sua apresentação, ele recebeu a camisa 10 do ídolo Raí.
 
Camisa 10? Na verdade um camisa 8. Jádson não é um camisa 10. Como vocês podem perceber na foto abaixo, ele era camisa 8 no Atlético Paranaense e no Shakhtar Donetsk.


Durante toda a sua carreira, Jádson foi um jogador rápido, técnico e habilidoso. Ele está tentando adaptar o seu futebol para ser um camisa 10. Mas isso fere as suas maiores qualidades.
 
Eu aprovei a contratação de Jádson e continuo aprovando. Mas tenho certeza que o seu futebol irá crescer quando jogar ao lado de um jogador que o ajude a armar as jogadas. Este jogador pode ser o Marcelo Cañete. Tenho muita fé que seja. Com estes dois jogando juntos, o futebol dos dois irá aparecer, e quem ganha somos nós torcedores e claro o São Paulo.


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!

#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).

quinta-feira, 12 de julho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte final

Campeonato Paulista de 1990
O Campeonato Paulista de 1990, teve a participação de 24 clubes, e foi dividido em três fases:

Primeira Fase: Os 24 clubes jogariam entre si, em turno único. Os doze melhores classificados passariam à segunda fase. Os demais clubes disputariam a repescagem.








Repescagem: Os doze clubes eliminados da primeira fase seriam divididos em dois grupos e jogariam em turno e returno. Apenas os campeões de cada grupo disputariam a segunda fase, enquanto os demais clubes estariam fora da disputa do título, e jogariam em um grupo separado dos catorze melhores colocados no campeonato do ano seguinte.
 



Campeonato Paulista de 1991

O Campeonato Paulista de 1991 foi dividido nos grupos verde e amarelo. O Grupo Verde foi composto das equipes melhores classificadas no Campeonato Paulista de 1990 e o Grupo Amarelo, pelas equipes piores classificadas naquele torneio, incluindo Sãocarlense, Marília, Olímpia e Rio Branco, que subiram da segunda divisão de 1990.

Grupo Verde: América, Botafogo, Bragantino, Corinthians, Ferroviária, Guarani, Ituano, Mogi Mirim, Novorizontino, Palmeiras, Portuguesa, Santos, XV de Piracicaba e XV de Jaú.

Grupo Amarelo: Catanduvense, Internacional, Juventus, Marília, Noroeste, Olímpia, Ponte Preta, Rio Branco, Santo André, São Bento, São José, São Paulo, Sãocarlense e União São João.

Os cinco melhores do Grupo Verde e os três melhores do Grupo Amarelo disputariam a segunda fase. Os oito clubes seriam divididos em dois grupos, onde o campeão de cada grupo faria a grande final.

Na final a equipe do São Paulo acabou se sagrando campeã batendo a equipe do Corinthians por 3x0.

VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!

#FORAJUVENAL

Um grande abraço.


quinta-feira, 5 de julho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte 4


A construção do Morumbi

Desde o início dos anos 50, o São Paulo havia decidido dar um novo passo em sua história. Não se sabe exatamente de quem foi a idéia da construção do estádio. O certo é que o sonho começou a se tornar realidade na gestão do presidente Cícero Pompeu de Toledo, que encarregou Laudo Natel, um jovem executivo do Bradesco, de levar adiante a empreitada.

Em meados de 1951, o São Paulo conseguiu aval para um empréstimo de Cr$ 5.000.000,00 junto à Caixa Econômica Estadual para auxiliar na construção de seu sonho. O empréstimo, aliás, somente foi possível após grande reivindicação da diretoria, pois Corinthians e Palmeiras já haviam requisitado e obtido antes.

Em 4 de agosto de 1952, o São Paulo conseguiu um terreno junto à Imobiliária e Construtora Aricanduva, no bairro Jardim Leonor, na região do Morumbi, uma região até então totalmente desabitada. O clube comprou 29.584m² por Cr$ 8.875.200,00 pagos em suaves parcelas e obteve da loteadora a doação de mais 25.000m². Posteriormente, por meio de acordos com a prefeitura e com a própria Aricanduva, outros 99.873m² foram acrescentados, totalizando uma área de 154.520m². 

O passo seguinte foi estabelecer o primeiro plano de arrecadação de recursos. A Comissão Pró-Estádio definiu a venda de 3.000 futuras cadeiras cativas, com título válido por 20 anos. Contudo, a descrença da população mediante ao fato de se "construir um estádio no meio do mato", aliado à contra-campanha de torcedores rivais e setores da imprensa, forçou o Tricolor a vender 12 mil cadeiras, e torná-las patrimônio definitivo.

As obras se iniciaram para valer em julho de 1953, com o começo da terraplanagem. Até então, a fonte de recursos majoritária era o empréstimo de Cr$ 5.000.000,00 junto à Caixa Econômica Estadual.

Pouco depois, Amador Aguiar, dono do Banco Bradesco, intermediou em favor do São Paulo um contrato de direitos exclusivos para a venda de produtos dentro do futuro estádio com a Companhia Antárctica Paulista. A cervejaria concederia Cr$ 5.000.000,00 ao Tricolor por 10 anos de exploração comercial no Morumbi (com opção de prorrogação por mais cinco).

Com fundo em caixa, o São Paulo garantia os primeiros estágios de seu grande projeto. Em dezembro de 1953, a terraplanagem foi finalizada, ao custo total de Cr$ 3.270.396,00. Em 1954, o estaqueamento e a construção das fundações do estádio.

Ao mesmo tempo foi assinado um contrato de construção de uma galeria de águas pluviais, no valor de Cr$ 2.410.279,00, para canalizar o córrego Antonico, que ainda hoje corta os subterrâneos do Morumbi. Além desses serviços, outros foram solicitados com o decorrer das obras. O clube gastou Cr$ 11.180,90 em madeira e tábuas, Cr$ 1.040.643,00 em ferro, Cr$ 15.200,00 em cimento e Cr$ 9.904,00 em pregos e arames.

Para custear a aquisição destes materiais o São Paulo promoveu campanhas de vendas de souvenires e de doação de cimento. A exploração de propaganda no canteiro de obras foi outra medida utilizada.

O São Paulo então reformulou sua atuação na venda de cadeiras cativas. Repassou a direção da promoção à Rádio Bandeirantes, aumentando consideravelmente as vendas.

Em sua campanha, as cativas eram vendidas, em média, a Cr$ 20.000,00 cada. Até a sua inauguração, em 1970, o São Paulo havia vendido 12.000 cadeiras, representando uma receita aproximada de Cr$ 240.000.000,00, desconsiderando correções monetárias e a inflação. Somente o ídolo Poy, verdadeiro garoto propaganda, vendera pessoalmente 8 mil dessas cadeiras.

Antes das obras realmente pesadas, de elevação das arquibancadas, as últimas construções de base foram realizadas. Em abril de 1955, o sistema de drenagem foi entregue, ao preço de Cr$ 4.382.437,00. No decorrer do ano ainda foram construídos os túneis, o fosso, a rede de irrigação e a da arquibancada térrea, tudo ao custo de Cr$ 6.010.400,00.

Entre 1956 e 1957 começou, verdadeiramente, a construção do maior estádio particular do mundo. As fundações foram concluídas em setembro de 1957, por Cr$ 20.000.000,00. Seis vãos de gigantes (espaços entre as colunas de sustentação) foram terminados em seus três níveis e outros 19 vãos ao redor, até as cativas, em fevereiro de 1957.

Até agosto de 1958 todos os níveis foram levantados, mas, somente em março de 1960, finalizados, com o acréscimo de outros cinco vãos. Tudo ao custo de Cr$ 78.681.571,60. Com essa configuração, o Morumbi teria sua inauguração parcial.

Até lá, contudo, faltavam outros detalhes: a pista de atletismo foi inaugurada em 9 de abril. As rampas de acesso provisórias e pisos do pavimento térreo foram entregues em 20 de julho, por módicos Cr$ 7.000.000,00. Já os bancos das numeradas e cativas foram instalados por Cr$ 10.600.000,00. Para pregá-los, Laudo Natel teve que virar garoto propaganda de uma indústria de parafusos e assim conseguir 400 mil unidades de graça.

Por fim, o muro de entorno, necessário para separar a torcida do canteiro de obras, saiu por Cr$ 4.000.000,00.

Longe de estar finalizado, a Comissão Pró-Estádio achou por bem inaugurar o estádio, mesmo incompleto, pois passaria a obter mais recursos provindos de bilheteria e também de ações publicitárias e promocionais, pelo destaque do Morumbi na imprensa. Além de, claro, saciar a vontade do são-paulino em ver e ocupar sua própria casa.

Com tudo preparado, marcou-se a data de inauguração: 2 de outubro de 1960. O convidado para repartir a honra desta festividade foi o Sporting de Lisboa. O primeiro gol do novo estádio foi marcado por Peixinho, aos 12 minutos da etapa inicial. O São Paulo venceu o Sporting por 1x0.

Em 1961, a linha de ônibus Largo de Pinheiros-Morumbi foi inaugurada em 21 de setembro. Neste ano o São Paulo ainda desembolsaria Cr$ 46.152.000,00 com a construção de duas torres de concreto e instalação de cabines e outras instalações elétricas. Iluminação, contudo, só veio, e de modo provisório, em 1968. Por fim, construiu mais 6 vãos de arquibancada, ao valor de Cr$ 114.736.436,00.

Com o Morumbi a meio caminho andado, a diretoria volta sua atenção para o patrimônio social. Em 26 de outubro, o Conselho Deliberativo institui o Título Patrimonial do SPFC, ao custo de Cr$ 100.000,00 a adesão. Logo de cara, 7.500 foram vendidos.

O título financiou a construção do parque aquático, dos vestiários, das instalações hidráulicas, elétricas, de manutenção e de tratamento de águas, orçada em Cr$ 55.126.486,00. Quadras e outros empreendimentos arredondaram a conta para cerca de 100 milhões. O Complexo Social foi inaugurado em 30 de setembro de 1962.

O período que se seguiu foi de grande estagnação. Os recursos financeiros líquidos em breve seriam consumidos. Os valores obtidos pelos títulos patrimoniais e cadeiras cativas eram significativos, mas cumulativos somente em longo prazo.

Sem o suficiente em caixa, o Morumbi nada avançou de 1961 a 1968.

Justamente neste período, o presidente do São Paulo, Laudo Natel, iniciou sua carreira política. Eleito Vice-Governador do Estado, por chapa independente, em 1962, assumiu o cargo majoritário por oito meses, entre 1966 e 1967. Após cumprir seu mandato, não voltaria a desempenhar função pública até 1971, após a conclusão do Morumbi.

Ou seja, sem qualquer ajuda governamental, o Morumbi só voltou a crescer, e a passos largos, em 1968, com o advento do fantástico Carnê Paulistão. Na TV Excelsior, nos intervalos das novelas, sorteava-se prêmios para aqueles que estivessem em dias com as suas mensalidades.

Com tiragem inicial de 100.000 unidades, o carnê fez tanto sucesso que ganhou outras seis séries, totalizando 700.000 carnês, vendidos a Cr$ 5,00 (cada qual com 12 prestações no mesmo valor). Outros clubes, posteriormente, adotaram a mesma prática, inclusive pressionando o São Paulo a romper sua patente. Os carnês concorrentes não vingaram, e o Tricolor, então, se comprometeu a repassar-lhes uma quota de seus ganhos.

Com as finanças em dia, o que o São Paulo não pôde realizar em 8 anos, o fez em 2. Em 20 de dezembro de 1969 o estádio enfim era concluído.


* Na próxima semana, contarei a vocês sobre o polêmico rebaixamento para a segunda divisão do Campeonato Paulista.,


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!

#FORAJUVENAL

Um grande abraço.