De jovens promessas a jovens rebeldes
Inaugurado em 2005, o
Centro de Treinamento de Cotia é a menina dos olhos do presidente Juvenal
Juvêncio. Criado para realizar o sonho de Juvenal, de ter um time completo por
atletas revelados no clube, o CT custou R$ 8,2 milhões e exige um investimento
anual de cerca de R$ 4 milhões em manutenção.
Passaram-se muitos anos, até que os garotos começassem a ter oportunidades na
equipe principal. Junto com o sucesso, vieram os problemas jurídicos. Começou
em 2010 com Oscar, passando por Diogo, Lucas Piazon, Casemiro e por último
Henrique. Nesta coluna exclusivamente tratarei do caso Henrique.
Em 2007, com dezesseis anos Henrique chegava ao Tricolor. Autorizado pelos pais,
o jogador se emancipa. Assim, segundo a Lei Pelé, a diretoria teria bases
legais para assinar um contrato com duração de cinco anos. O fato é que para
jogadores menores de dezoito anos, a FIFA permite no máximo três anos. Mas na
época isso não era tão importante. Em início de carreira viu ali a oportunidade
de sua vida. Receberia educação, alimentação, moradia, treinamento e tudo mais
que tinha direito.
Em 2011, é convocado para defender a Seleção Brasileira no Mundial Sub-20
disputado na Colômbia, nos meses de Julho e Agosto. O atacante começa o torneio
no banco de reservas, mas logo no segundo jogo já se torna titular. Seu
desempenho vai crescendo, e o atacante começa a se destacar com gols e
assistências. No final, Brasil campeão. Henrique artilheiro e eleito o melhor
jogador do torneio.
Cenário perfeito para sua volta. Com moral entre diretoria, técnico, jogadores
e torcida. Pelas redes sociais, já era possível ver a torcida pedindo mais
oportunidades para o "novo craque”. Mas o (que vontade de xingar) jovem
atacante, que saiu de São Paulo desacreditado, já tratou de estragar o cenário
perfeito. Fumou uma “erva” na Colômbia e achou que virou o melhor jogador do
mundo! Abriu a boca na imprensa, dizendo que já não era mais jogador do São
Paulo, pois seu contrato havia terminado há 45 dias. Ameaçou não se apresentar
mais ao clube, dizendo que tinha propostas da Europa, que nunca teve
oportunidades, que o ordenado é abaixo do que merece... e blábláblá.
Com a janela de transferências internacionais prestes a se fechar, pensa com
“carinho” entre empresário e família, e resolve ficar. Renova o contrato, ganha
um aumento no salário e a promessa de ser mais utilizado.
Agora garoto, espero que esteja preparado para a pressão. Pois a torcida vai
cobrar mais empenho em campo, pra justificar a palhaçada que você fez e fazer
jus ao novo salário. Afinal, agora você é um craque, né?
VAI LÁ, VAI
LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER
CAMPEÃO!
#FORAJUVENAL
Nenhum comentário:
Postar um comentário