Agradecimento

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte 1


Nesta semana, recebi um email, no qual dizia algumas inverdades sobre a história do São Paulo. Inconformado, e em tom de resposta resolvi contar a vocês a verdadeira história do São Futebol Clube.
No começo dos anos 30, o futebol paulista e brasileiro estavam em crise. De um lado, quem defendia o profissionalismo, e do outro os defensores do amadorismo. Em São Paulo, brigavam a LAF (amadorista) e a APEA (profissionalista). Com a vitória do profissionalismo, o Club Athlético Paulistano resolveu extinguir seu departamento de futebol. Então, ex-sócios, dirigentes e jogadores decidiram unir o grande time do Paulistano com a estrutura do time da Associação Athlética das Palmeiras. No dia 26 de janeiro de 1930, a ata de sua fundação era assinada. Pelo fato de o estatuto não ter sido finalizado a tempo, a fundação não pôde ter sido concluída no dia 25 de janeiro, dia e mês em que a cidade de São Paulo foi fundada. Surgia então o São Paulo Futebol Clube. Conservando as tradições do passado, o uniforme do novo clube estamparia as faixas vermelhas (Paulistano) e pretas (AA das Palmeiras). O São Paulo ainda herdaria o campo pertencente à AA das Palmeiras, a chamada "Chácara da Floresta", razão pela qual passou a ser conhecido em seus primeiros anos como "São Paulo da Floresta". 
Alguns anos depois, por 190 contos de réis, o São Paulo comprava uma nova sede localizada na Rua Conselheiro Crispiniano, um pequeno palácio conhecido como "Trocadero". Porém, com a crise decorrente da profissionalização do esporte e do racha entre as ligas, além de problemas internos acarretados pela filiação à Confederação Brasileira de Desportos, alguns dirigentes do clube, que andavam descontentes com os rumos do futebol no país, resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê e acabar com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável a continuidade do clube, foram à justiça e impugnaram o direito de a diretoria fundir o clube com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.

Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria do clube. A diretoria não teve outra saída senão convocar uma assembléia geral. Porém o artigo 2º do estatuto do clube à época dizia que somente os "sócios fundadores", considerados "proprietários" do clube, poderiam compor a assembléia. Como a maioria deles era ligado à diretoria, a fusão foi aprovada. Com isso, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA. Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê, que incorporou todos os patrimônios físicos e não poderia usar as cores, uniformes e símbolos do São Paulo. Surgia assim o Tietê São Paulo.
Após a fusão, alguns associados não concordaram com essa extinção e decidiram fundar o Clube Atlético São Paulo que, não conseguiu o apoio de todos os associados. Até que, no dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria depois de tantos empecilhos e ressurreições o São Paulo Futebol Clube, destinado a preservar as glórias do antigo São Paulo, do bairro da Floresta.


* Na próxima semana, contarei a vocês sobre a incorporação com o C.A. Estudantes da Mooca, a suposta ajuda de Palestra e Corinthians para evitar uma falência do São Paulo e a suposta bandeira esticada pelo presidente do São Paulo no meio das torcidas adversárias.


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!
#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).

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