Luis Fabiano e a crise

Cai ou fica?

Na tarde do último sábado, o atacante Luis Fabiano usou o seu perfil no Twitter para mandar um recado para os torcedores. O jogador escreveu que estava triste por não poder ajudar a equipe. Que mesmo com o tratamento intensivo em dois períodos, a inflamação na região lombar limitava os seus movimentos e não o estava deixando nem dormir direito. E finalizou com o recado de que seguiria com o tratamento no domingo, para voltar o quanto antes e ajudar os companheiros a sair dessa situação.

A mensagem foi mal recebida pela maioria da apaixonada Torcida Tricolor. Muitos dizem que com ele fora é melhor do que jogando. Pouca vontade e muitos cartões. Atrapalha mais do que ajuda. Alguns são ainda mais radicais, e pedem a saída do “pipoqueiro”. Poucos foram os que nessa atual crise apoiaram o atacante.

Crise

Passamos pela maior crise de nossa história. Vários recordes negativos foram batidos. Foram quatorze jogos sem vitórias, seis derrotas consecutivas dentro do Morumbi e seis jogos seguidos sem marcar gols. A conseqüência de tudo isso é um time na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro. Os nervos estão à flor da pele. Um empate são dois pontos perdidos.

O momento parece não ter fim. O poder de reação tem sido inexistente. Quando achamos que vai acabar, a bola teima em não entrar. O pênalti é mal batido, e as poucas chances criadas são desperdiçadas inacreditavelmente. Em compensação, um chute pro alto dentro da área são-paulina cai dentro de nossas redes.

Apoio

Assim como todos, também estou chateado com a atual situação de nosso principal atacante. Muitas das suas atitudes já me deixaram irritado. Mas os gritos de gol são mais freqüentes que os gritos de raiva. Goleador desejado por torcedores de vários clubes. Atacante letal, temido por todos os zagueiros. Ruim com ele, pior sem ele. Precisamos mais ainda de seus gols.

Apoiarei o clube que tanto amo até o fim. A guerra só está começando. Precisamos de todos os soldados em campo. Incentivos das arquibancadas. Não será fácil, mas vamos sair dessa situação juntos. A mancha preta se apagará. A página será virada. E continuaremos gritando cada vez mais alto: “EU NUNCA CAI!”

Um grande abraço.

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Carvalho Neto, 27 anos, escreve nesse espaço todas as segundas-feiras.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br)