Agradecimento

quinta-feira, 28 de junho de 2012

O novo técnico do São Paulo



Primeiramente gostaria de pedir desculpas a aqueles que junto comigo estão acompanhando semana a semana “A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube”. Esta semana fiquei de contar a vocês sobre a construção do Morumbi, mas devido à demissão do técnico Émerson Leão, achei mais adequado escrever uma coluna sobre o assunto e sobre o meu nome favorito a vaga. Semana que vem retornamos normalmente com as histórias.

Não acho que a demissão de Émerson Leão resolva todos nossos problemas. Os jogadores tem parcela de culpa, Leão tinha a sua, mas sabemos que o principal culpado se chama Juvenal Juvêncio. Dênis não passa segurança nenhuma, a zaga é uma peneira, falta ligação do meio para o ataque e um parceiro para Luís Fabiano. A falta de padrão tático era nítida. Insistir em Paulo Miranda chega a beirar o ridículo. Depender todo jogo de Maicon e Fernandinho pra virar um placar é brincadeira de mau gosto. Os erros do Juvenal, não vou nem citar para não esticar muito a coluna.

Agora que Leão já foi demitido mesmo, é preciso um novo nome. E o meu favorito é Dunga. Admito que quando foi nomeado como técnico da Seleção Brasileira eu não acreditei em seu trabalho. Mas queimei minha língua. Aliás, todos queimamos. Ou alguém acreditava que ele faria um bom trabalho?

Dunga é um técnico disciplinador, de pulso forte. Peitou a Rede Globo, motivo pelo qual acabou queimado pela poderosa emissora após a Copa do Mundo. O que me chamava atenção em seu trabalho era o amor que ele fazia os jogadores sentirem pela camisa amarela. Diversos jogadores brigaram com seus clubes para vestirem essa camisa. Dos titulares aos reservas, todos corriam num só objetivo. Todos tinham a sua importância no grupo. Ninguém reclamava por não jogar, e as comemorações eram feitas todas em conjunto. Não tem um jogador daquela Copa que não elogie o trabalho de Dunga.

Durante sua passagem pela Seleção, venceu a Argentina 3 vezes (3x0, 3x0 e 3x1), Portugal (6x2), Itália 2 vezes (2x0 e 3x0), Inglaterra (1x0) e Uruguai 2 vezes (2x1 e 4x0), só para citar alguns de seus ótimos resultados. Foi campeão da Copa América, da Copa das Confederações e passou em primeiro lugar nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 2010. De fato perdeu o principal torneio que era a Copa do Mundo, mas a meu ver por falhas individuais de Felipe Mello e Júlio César. Não concordei com muitos nomes de suas convocações, assim como não concordava com os do Parreira e não concordo com os do Mano. Foram 69 jogos, 50 vitórias, 12 empates e 7 derrotas. Aproveitamento de 78% dos pontos.

São por estas conquistas e por estes valores que eu peço. Venha para o São Paulo Dunga!

E para você qual o melhor nome?


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!
  
#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).

quinta-feira, 21 de junho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte 3


Campeonato Paulista de 1942 – Palmeiras x São Paulo
Era 20 de setembro de 1942. Em campo, Palmeiras e São Paulo disputavam a final do Campeonato Paulista. A partida foi influenciada negativamente pela Segunda Guerra Mundial. O Brasil declarara guerra aos países do Eixo, e começou uma perseguição às colônias desses países aqui no Brasil. Pressionados pelo governo, o Palestra Itália, temendo ser fechado e perder seu patrimônio, teve que mudar de nome para “abrasileirar” o clube, justo no jogo final, para Palmeiras.

O jogo foi disputado sob tensão. Durante o jogo os torcedores do São Paulo passaram a reclamar da atuação do árbitro Jayme Rodrigues Janeiro. Ele permitiu que o jogo encaminha-se para a violência. O Palmeiras vencia por 2 a 1, quando o árbitro marcou um pênalti contra o São Paulo e ainda expulsou o infrator, Virgílio. Os tricolores reclamaram e o capitão Luizinho – que já tinha passado pelo Palestra – chamou os diretores e disse que a partida estava “armada”. O time então decidiu não jogar mais. Ficou no campo até o juiz dar a partida por encerrada depois de constatar que o São Paulo não iria mais jogar. No final, vitória do Palmeiras por 3 a 1. Com a derrota, o São Paulo terminou em 3°, atrás do Corinthians.

Canindé
O Deutsch Sportive, clube da colônia alemã em São Paulo, possuía um imóvel no bairro do Canindé, onde praticava os mais variados esportes. Mas, com a declaração de guerra do governo brasileiro aos países do Eixo, resolveu vender seu imóvel temendo perdê-lo confiscado. O São Paulo, que resolvera o seu problema com estádio para jogos, adotando ao Estádio do Pacaembu, ainda não tinha um local para treinamento. Comprou então o Canindé em 29 de janeiro de 1944, por 740 contos de Réis. Ainda, pelo acordo deveria permitir que os membros do clube vendedor continuassem usando as instalações. Mais tarde, seus sócios aderiram ao São Paulo.

Em 1956, a Portuguesa adquiriu o imóvel no bairro do Canindé, do seu proprietário, Wadih Sadi. Este, conselheiro do próprio São Paulo e empresário do ramo de venda de carros, que comprara o imóvel do próprio clube um ano antes por 12 milhões de cruzeiros.

* Na próxima semana, contarei a vocês sobre a construção do Morumbi.


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!

#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).

quinta-feira, 14 de junho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte 2



Na semana passada, contei para vocês sobre o email que recebi, no qual dizia algumas inverdades sobre a história do São Paulo. Inconformado, e em tom de resposta resolvi contar a vocês a verdadeira história do São Paulo Futebol Clube.

Na parte 1 conto sobre a fundação em  1930, a fusão com o Clube de Regatas Tietê e o ressurgimento do São Paulo Futebol Clube em 1935.
Hoje contarei a vocês sobre a incorporação com o C.A. Estudantes da Mooca e a suposta ajuda de Palestra e Corinthians para evitar uma falência do São Paulo.
Em 2 de junho de 1937, era fundado o Clube Atlético Estudantes Paulistas da Mooca, que era formado por ex-jogadores do São Paulo de 1930. Em 1938, agendada por um empresário, o C.A. Estudantes da Mooca fez uma excursão ao Chile e ao Peru. Na volta este mesmo empresário sumiu com todo o dinheiro, levando o clube quase à falência.
Em 3 de julho de 1938, aproveitando a paralisação dos campeonatos por causa da Copa do Mundo da França, o São Paulo organizou um "festival" de um dia, com a participação de Corinthians, Palestra e Portuguesa de Desportos. Os rivais dizem que o São Paulo organizou este festival, para pagar dívidas e evitar uma falência. A verdade é que os anúncios colocados nos jornais da época informavam que a entrada seria gratuita e que, quem quisesse poderia contribuir com a quantia que bem desejasse. O dinheiro arrecadado seria repassado aos jogadores do Estudantes da Mooca, que enfrentavam dificuldades financeiras.
O São Paulo, que já havia cedido todo seu patrimônio físico ao Clube de Regatas Tietê, e passara a jogar no estádio da equipe de Mooca, fundiu-se com o clube da Mooca em 12 de setembro de 1938. Com a fusão, o Estádio Antônio Alonso, também conhecido como Antarctica Paulista, foi herdado pelo São Paulo, em regime de direitos de uso. O São Paulo mandou seus jogos neste estádio até a inauguração do Pacaembu em 1940.

* Na próxima semana, contarei a vocês sobre a final do Paulistão de 1942 contra o Palmeiras, onde o São Paulo supostamente teria abandonado o campo e a compra e posteriormente venda do Canindé para a Portuguesa de Desportos.

VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!

#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).

quinta-feira, 7 de junho de 2012

A verdadeira história do São Paulo Futebol Clube - Parte 1


Nesta semana, recebi um email, no qual dizia algumas inverdades sobre a história do São Paulo. Inconformado, e em tom de resposta resolvi contar a vocês a verdadeira história do São Futebol Clube.
No começo dos anos 30, o futebol paulista e brasileiro estavam em crise. De um lado, quem defendia o profissionalismo, e do outro os defensores do amadorismo. Em São Paulo, brigavam a LAF (amadorista) e a APEA (profissionalista). Com a vitória do profissionalismo, o Club Athlético Paulistano resolveu extinguir seu departamento de futebol. Então, ex-sócios, dirigentes e jogadores decidiram unir o grande time do Paulistano com a estrutura do time da Associação Athlética das Palmeiras. No dia 26 de janeiro de 1930, a ata de sua fundação era assinada. Pelo fato de o estatuto não ter sido finalizado a tempo, a fundação não pôde ter sido concluída no dia 25 de janeiro, dia e mês em que a cidade de São Paulo foi fundada. Surgia então o São Paulo Futebol Clube. Conservando as tradições do passado, o uniforme do novo clube estamparia as faixas vermelhas (Paulistano) e pretas (AA das Palmeiras). O São Paulo ainda herdaria o campo pertencente à AA das Palmeiras, a chamada "Chácara da Floresta", razão pela qual passou a ser conhecido em seus primeiros anos como "São Paulo da Floresta". 
Alguns anos depois, por 190 contos de réis, o São Paulo comprava uma nova sede localizada na Rua Conselheiro Crispiniano, um pequeno palácio conhecido como "Trocadero". Porém, com a crise decorrente da profissionalização do esporte e do racha entre as ligas, além de problemas internos acarretados pela filiação à Confederação Brasileira de Desportos, alguns dirigentes do clube, que andavam descontentes com os rumos do futebol no país, resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê e acabar com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável a continuidade do clube, foram à justiça e impugnaram o direito de a diretoria fundir o clube com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.

Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria do clube. A diretoria não teve outra saída senão convocar uma assembléia geral. Porém o artigo 2º do estatuto do clube à época dizia que somente os "sócios fundadores", considerados "proprietários" do clube, poderiam compor a assembléia. Como a maioria deles era ligado à diretoria, a fusão foi aprovada. Com isso, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA. Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê, que incorporou todos os patrimônios físicos e não poderia usar as cores, uniformes e símbolos do São Paulo. Surgia assim o Tietê São Paulo.
Após a fusão, alguns associados não concordaram com essa extinção e decidiram fundar o Clube Atlético São Paulo que, não conseguiu o apoio de todos os associados. Até que, no dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria depois de tantos empecilhos e ressurreições o São Paulo Futebol Clube, destinado a preservar as glórias do antigo São Paulo, do bairro da Floresta.


* Na próxima semana, contarei a vocês sobre a incorporação com o C.A. Estudantes da Mooca, a suposta ajuda de Palestra e Corinthians para evitar uma falência do São Paulo e a suposta bandeira esticada pelo presidente do São Paulo no meio das torcidas adversárias.


VAI LÁ, VAI LÁ, VAI LÁ! VAI LÁ DE CORAÇÃO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SÃO PAULO! VAMOS SER CAMPEÃO!
#FORAJUVENAL

Um grande abraço.

Texto extraído da minha coluna na SPNet (www.saopaulofc.com.br).